Robbie Jacks

“Concheta Bibiana”. Sim, é isso mesmo que você leu. Esse palavrão em outra língua ia ser meu nome, reza a lenda aqui de casa: “Concheta Bibiana”. Mas uma sociedade racista fez minha mãe mudar de ideia.
Não que eu esteja triste por não ter sido homenageada com os nomes das minhas bisavós guerreiras. Embora elas tenham sido mulheres de fibra na época delas, os nomes escolhidos também devem ter sido maneirões só na época delas. Mas não é por isso que escrevo este texto.
Veja você: minha mãe é negra. Negra, professora, inteligente, linda, criativa, independente, forte, austera e muito educada. Ela já faleceu, mas isso é só um detalhe. Pois bem. Quando engravidou de mim, aos 45 anos, mamãe quis colocar na filha a combinação dos nomes de mulheres que vieram muito antes de mim e deixaram suas marcas na Terra. Talvez mamãe quisesse que eu herdasse a força delas. Ou a resistência. Ou a doçura, sei lá. E esta foi a maneira que encontrou.
Mas a barriga de mamãe começou a crescer, e as dúvidas também. “Como seria minha filha? Que aparência teria?”, mamãe pensava. Seu esposo, meu pai, era um italianão branco de cabelos negros e ela, negra de olhos de jabuticaba. Meu irmão nasceu “café com leite”, com o olhar de mamãe e o sorriso de papai. E eu, como viria? Mais “leite” ou mais “café”?
Seus devaneios a levaram a me imaginar numa sala de aula. Primeiro dia do ano letivo, turma cheia de pequeninos seres ávidos por aprender. A professora adentra o recinto, toda pomposa. Apruma-se na cadeira e abre seu caderno de frequência pela primeira vez.
Anelise...
PRESENTE!
A professora olha para a aluna, com a mãozinha levantada, dá um sorriso e volta a anotar no caderno.
Alfredo...
PRESENTE!
Bárbara...
PRESENTE!
Cláudia...
PRESENTE!
Concheta...
Mamãe enrijece no cantinho da sala. A professora pára e olha aquele nome inusitado. Volta os olhos ao início da linha para ter certeza de que não está ficando míope.
“Concheta Bibiana”. Sim, é isso mesmo. “Que nome diferente, deve ter saído de algum livro de história de 1927”, ela pensa. “Bom, esse nome deve pertencer a alguma menininha linda, branca, de cachinhos tão loiros quanto os de um anjinho”, conclui a mestra. Mamãe a olha, aflita. Já sabe o que está por vir.
“CONCHETA BIBIANA”, a professora chama, com entusiasmo, e procura a dona do nome com o olhar.
De lá do fundo da sala ergue-se uma mãozinha tímida e magrela. A palma da mão rosada contrastando com a pele pretinha.
“Pre-presente, professora”, diz a menina de olhos de jabuticaba e cabelos muito crespos amarrados com lacinhos vermelhos em duas marias-chiquinhas. A professora olha com cara de espanto, que logo se torna desdém como se duvidasse que tal criança fosse capaz de carregar um nome tão grandioso e antigo. O coração de mamãe se parte ao meio e, resignada, ela decide que talvez esse não seja o melhor cartão de visitas para sua filha.
E foi por isso, meus queridos, que hoje me chamo Roberta. Nome, aliás, sugerido pelo meu irmão. Mamãe não suportou a ideia de que sua filha passasse pelas humilhações que ela mesmo já havia passado, mesmo que tudo não passasse, naquele momento, de hipótese.
Porque o racismo faz isso com a gente: nos leva a imaginar o pior, a pensar o pior, e sabe por quê? Porque existem pessoas que SÃO o pior, que FAZEM o pior, e muitas vezes temos o desprazer de cruzar com esses infelizes em nosso caminho. O racismo faz com que a gente deixe de fazer muita coisa que gostaria por medo do preconceito, e nos faz tomar muitas outras atitudes pelo mesmo motivo.
O racismo existe. Machuca a alma e, por muitas vezes, o corpo. Enfraquece e fortalece. E tem seu preço.
Minha mãe tinha uma força descomunal, mas não há proteção materna no mundo que te impeça de sofrer preconceito. Eu só gostaria que ela soubesse que podia ter me batizado Concheta. Que aquele bebê que ela estava gerando ia carregar com força esse nome, e ia desafiar qualquer um que ousasse lhe levantar a voz. Mas ela não sabia que quem estava na barriga dela era eu.
O jeito que minha mãe encontrou foi o de me dar um nome forte para me fazer forte. E hoje eu sou Roberta, ou Robbie, como vocês me conhecem. Geniosa, sarcástica, defensora ferrenha dos meus ideais, amiga dos amigos. E muito orgulhosa da minha pele misturada, dos traços africanos e europeus que se misturam no meu rosto. E orgulhosíssima, é claro, dos meus cachinhos louros e crespos, que mamãe tanto sonhou mas não botou fé que eu ia ter.

Robbie Jacks


Agora há pouco, meu pai me encontrou aos prantos, olhando para o celular. Em estado de alerta, papai arregalou os olhos e me puxou para o quarto dele, me perguntando o que havia acontecido. Eu não tinha ar nos pulmões pra explicar, então sentei na sua cama, chorando muito, olhando incrédula para o vídeo rolando no celular. Poc poc poc poc poc. Muita gente correndo e gritando. Pow pow pow pow pow. Pessoas se abaixam, algumas caem. Poc poc poc poc. Algumas não se levantam mais. Silêncio.
Ainda não estou acreditando que o lugar onde passei alguns dos melhores momentos da minha vida foi alvo de um massacre tão covarde.
Eu não tinha nada para amar num lugar conhecido como "Cidade do Pecado". Não que eu seja pudica, longe disso, mas o que a ideia de Vegas me oferecia não soava bem aos meus ouvidos. Não ligo para jogos de azar, não bebo até ver o fundo da garrafa nem sou de me render aos prazeres da carne nas várias boates de strip que dão fama ao lugar.
Mas Vegas me surpreendeu. Vegas me abraçou e me amou como uma amiga de infância. Tudo em Vegas é amistoso, até o diabo. Me senti acolhida, me senti livre, me senti verdadeiramente em casa.
Aí hoje acordo com uma notícia dessas. O maior massacre dos EUA acabou de acontecer naquela que já considero minha cidade. Os vídeos são de cortar o coração, de rasgar a alma e perder a fé na humanidade, vocês viram? Eu preferia não ter visto tão cruamente como a maldade humana pode se materializar de forma tão real.
Ainda não consegui digerir. Nem sei se vou. Tem uma grande poça de sangue no meu quintal. Eu vou e volto tentando imaginar como que um maluco resolve abrir a janela do seu quarto de hotel e fazer roleta-russa com as pessoas lá fora.
Gente que só queria se divertir.
Eu não tava lá hoje, esse massacre não é sobre mim, mas estive há uns ontens atrás. Essa história é sobre todos nós. Tenho amigos que acabaram de voltar de lá. Tenho amigos que estavam planejando ir pra lá. Meus artistas favoritos fazem residência lá. Tem muita gente boa que mora lá, ou passa por lá, ou foi só pra brincar e infelizmente perdeu a vida lá.
E agora?
Eu sei, eu sei. Limpa-se o sangue, enterra-se os mortos, cria-se um memorial às vítimas, artistas se manifestam e criam uma data para relembrar o massacre, discute-se um pouco a política de armas e saúde mental, só por conta do burburinho, mas nenhuma medida para melhorar uma e outra é efetivamente feita. E vida que segue.
Eu sei, isso aí tudo vai acontecer. E a gente vai ficar com medo de viajar pra lá e o raio cair novamente no mesmo lugar. Vai achar que tá mais seguro em casa, no meu caso, no Rio de Janeiro, cidade onde se mata mais do que na guerra da Síria. Porque a violência está em todo lugar. Tem gente ruim em todo lugar. Fazendo maldades o tempo todo.
Mas hoje é dia de lamentar por Las Vegas.
E eu ainda não consegui parar de chorar.
Robbie Jacks


Escrevi esse texto no ano passado. Hoje faz 15 anos que minha mãe se foi.

15 anos.

180 meses.

5475 dias.

E dói do mesmo jeito.

Às vezes tento me ver lá no futuro, com a idade dela quando me deixou. E só consigo me ver assim, sentada no seu colo. Uma velhinha sentada no colo de outra velhinha. A imagem de minha mãe está congelada em 2002, e é assim que vai ser para o resto da minha vida.

Com suas mãos delicadas e fofinhas, ela vai acariciar meus cabelos grisalhos, vai limpar as lágrimas do meu rosto já muito enrugado, vai me deixar aninhar em seu colo o meu corpo já cansado da vida e suas batalhas.

Quem sabe vai fazer um carinho nos netos, dar-lhes um beijo estalado como só ela sabia fazer e contar-lhes histórias de como a mãe deles era arteira igualzinho a eles quando pequena.

Embora o calendário marque 15 anos de sua ida, a verdade é que o tempo não passa pra quem fica. Parte de mim ficou presa em 12 de setembro de 2002. A espera para recuperar esse pedaço de mim é longa, melancólica e desesperadora. Mãe, eu quero seu colo hoje, quero seu cheiro agora, sua bronca neste minuto, sua comida na hora do almoço, sua música tocando na sala, quero tudo aqui comigo. Mas só tenho lembranças. Não dá pra abraçar lembranças como abraço esse travesseiro que abafa meus gritos.

Por favor, volta logo, mãe. Ou me deixa ir com você.


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Cheguei em casa, e me dei conta: hoje faz 14 anos que perdi minha mãe.
14 anos. 

168 meses. 

5.110 dias. 

Não vou nem calcular as horas, não tenho régua para medir o tamanho desse abismo que se alarga com o tempo e torna cada vez mais distante o último dia que te vi na Terra.

5 estádios de futebol lotados. 

8467314 hectares de uma fazenda no Nordeste. 

Um Romeo Beckham inteiro. 

3 voltas ao redor do mundo e 1,5 viagem à Lua. 

3 faculdades e 1 mestrado. 

Incontáveis namorados. 

2 matrículas no Município, 1 exoneração. 

9 empregos. 

836527488958727262 dúvidas. 

0 certezas. 

1 vida adulta inteira. 

Me faltam medidas, termos leigos, não consigo fazer aproximações, mas o tempo me diz que passei os últimos 14 freaking anos sem você, mãe.

Mas eu não acredito nessa matemática. Ainda ontem conversamos sobre coisas da vida, lembra? Te falei dos meus sonhos, você me falou das suas esperanças para mim. Eu lembro, foi ontem: você me falou que ia ficar tudo bem, encostou seu nariz no meu, senti o cheiro da tua respiração, e novamente éramos apenas um, corações batendo em uníssono, num abraço tão terno que ainda sinto seu calor em minha pele.

E eu ainda sinto tudo, mãe. Quando a saudade dói muito forte, sinto seu cheiro numa lufada de ar. Quando preciso de um tapa de realidade, é a sua voz que ouço. Quem me afaga os cabelos nos sonhos, com suas mãos delicadas e fofinhas é sempre você. São 14 anos para os outros; para nós, o tempo parou. Eu sempre vou ter te visto pela última vez ontem, falado contigo ontem, recebido um beijo e uma bronca sua ontem. Vão passar 14, 24, 44 anos, mas o nosso último encontro sempre terá sido ontem. No meu ontem, que não se afasta da memória por esse covarde chamado tempo. Ontem, eu e você éramos nós. Ontem ainda estávamos juntas.

Amanhã vou ter a sua idade quando se foi, mas nossa relação permanecerá a mesma. Me sentarei no seu colo, no alto de meus 65 anos, e te beijarei o pescoço, e te farei cosquinha, e te direi que és a melhor mãe do mundo, a mais linda, a mais cheirosa, e te pedirei que nunca me abandone. E você continuará linda, cheirosa, com esse seu sorriso largo e olhos bondosos, afagando os cabelos da sua Betinha e prometendo que sim, estará comigo, como esteve ontem, e estará hoje, assim que o relógio bater meia-noite, e o presente se tornar apenas mais uma lembrança.
Robbie Jacks
Eu já falei sobre lugares deliciosos e baratos para comer, sobre atrações de graça para curtir em Las Vegas, te contei algumas coisas que talvez você não saiba sobre Vegas, mostrei como a Fremont Street é legal, te ensinei a lacrar nas fotos do museu de cera Madame Tussauds e agora é hora de falar daqueles lugares que são o MUST, do tipo "não pegue o avião de volta sem ter visitado esses lugares".


E por que eles são legais, Robbie? 

Bom, muitos são cartão-postal da cidade; outros são experiências muito legais que passei e gostaria de compartilhar com vocês. Quem sabe vocês não gostam também? Estão prontos? Então vamos lá!!




Sério que você vai a Las Vegas e não vai dar uma voltinha na maior roda-gigante do mundo? Impossível, né?


É muito, muito alto


Então, a High Roller é a atração principal do The Linq, um dos centros de entretenimento da cidade. São 28 cabines onde cabem 40 pessoas. Nós demos muita sorte de ir na baixa temporada: em nossa cabine havia apenas 4 pessoas! A roda-gigante para em pontos estratégicos, e uma televisão dentro de cada cabine conta um pouco da história da cidade e dos pontos que vemos de lá de cima, além de tocar música nos intervalos.




Uma volta dura mais ou menos 30 minutos, e custa a partir de $22 por adulto. Ah, e tem mais! Você pode levar sua própria bebida para dentro da cabine (alcoólica ou não) ou pode contratar o "happy hour" deles, onde um bartender faz quantas e quais bebidas você quiser nesses 30 minutos de passeio!


Olha essa vista!


Em seu ponto mais alto, a High Roller atinge 168 metros e proporciona uma das vistas mais bonitas da cidade, concorrendo diretamente com o Stratosphere, que é nossa próxima parada ;)


2. Stratosphere Tower Experience



Sim, tava um frio do kct
Assim como a High Roller, o barato do Stratosphere é a vista. A 350 metros de altura, ela pode ser apreciada de várias maneiras: do restaurante, do deck de observação ou dos brinquedos.


Deck: por 20 dólares, você tem acesso a dois decks, um interno e um externo, e fica lá o tempo que quiser.

Restaurantecomo falei aqui neste post, é uma das melhores opções para apreciar a vista, pois o que se pagaria de ingresso você transforma em consumação.

Thrill rides: todas as atrações do Stratosphere testam sua fé em Deus e seu medo de altura. Uma delas é o bungee jump (que custa cerca de 120 dólares), que te joga do lado de fora do hotel direto na Strip, na altura do 108° andar. Além disso, os brinquedos Big Shot, X-Scream e Insanity (com ingressos a partir de 25 dólares) prometem a adrenalina dos parques de diversão multiplicada por 109 andares de distância do chão!


Como vimos nas duas dicas acima, juntar hotel com parque de diversões não é nada incomum nessa cidade louca chamada Las Vegas. No hotel New York, New York, também é possível liberar a adrenalina na sua montanha-russa. Com um giro de 180 graus bem em frente a uma réplica da Estátua da Liberdade, a Big Apple é diversão garantida para toda a família. Ingressos a partir de $15.







Ao lado do hotel MGM Grand está uma das atrações mais deliciosas de Vegas: a loja de chocolate da M M's. São 4 andares de muita fofura, música e gente alegre, além de todos os tipos de souvenires imagináveis, de caneca a travesseiro, tudo com a carinha dos chocolatinhos coloridos.

No segundo andar está a famosa parede arco-íris, onde você pode escolher entre 22 sabores para levar para casa, incluindo os inusitados menta, s’mores e torta de abóbora. E ainda pode provar!!




No terceiro andar, você pode deixar seus M M’s com a sua cara! É que eles personalizam os chocolatinhos, então você pode criar frases de até 16 caracteres para decorá-los. E aí, o que você escreveria neles?

Já o quarto andar tem um carro de corrida de verdade em exposição, e todos os souvenires são relacionados a carros. É muita fofura junta, gente!









Outra loja deliciosa de se visitor é a Hershey’s. São mais de 800 variedades de doces na loja, que fica dentro do New York, New York. Como o hotel faz referência à cidade eternizada por Frank Sinatra, ele tem uma Estátua da Liberdade na porta, como comentei lá em cima. Aí a Hershey’s, pra não ficar por baixo, foi lá e fez três Estátuas da Liberdade, mas do jeitinho que só uma loja de doces pode fazer, dá uma olhada:



Essa é toda de Jolly Ranchers


Essa foi feita com mais de 300 kg de puro chocolate ao leite

Essa foi feita com meu doce favorito, Twizzlers


Vegas sendo Vegas, né, mores?

Ah! Eles também têm uma parede arco-íris com vários sabores do chocolate Kisses para escolher. Delícia!







Quer você beba ou não refrigerante, a loja da Coca-Cola vale a visita. Já na entrada, um urso polar gigante te recebe com um abraço bem fofinho:


Mas cuidado! O que ele tem de fofo ele tem de sacana. Olha o que ele fez comigo:



Ele mordeu minha cabeça, esse fio duma ursa!


O legal é que você pode fazer fotos com a sua própria câmera ou comprar a foto oficial deles, que vêm até com fundo personalizado:


A loja tem um mundo de souvenires da marca, um mais fofo que o outro. Tem até uma seção vintage no segundo andar, só com estampas antigas da Coca-Cola.


Desolée que não trouxe um desses 

Outra coisa muito legal é o “Around the World”, onde você experimenta refrigerantes de vários países. Nós compramos as bandejas (são duas) e gravamos nossa experiência, dá uma olhada:












  


Até o Minion tá contente de ter chegado na França

Las Vegas é uma cidade com várias outras cidades dentro. Se você quiser se sentir na Europa, por exemplo, basta entrar no Grand Canal Shoppes, que te leva numa viagem a Veneza, ou visitar o hotel Paris Las Vegas, que tem uma réplica da Torre Eiffel para nenhum francês botar defeito!



As bases da Torre ficam dentro do próprio hotel e são um espetáculo de arquitetura

Com preços a partir de 10 dólares, um elevador te leva até o topo da estrutura, a 50 andares (140 metros) de altura. Tudo bem, é metade da altura da Torre Eiffel original, mas eu garanto que a vista de lá é maravilhosa! Além disso, a torre tem um restaurante no 11° andar, que também é tudo de bom.



A vista é incrível

Ah, deixa eu te dar uma dica: quando você estiver lá em cima no deck de observação, você vai ver uns buraquinhos no chão da plataforma. Se você colocar a lente da câmera bem nesses buracos, vai conseguir fotos incríveis como essa aqui:






Irado, né?







Tem como ir aos Estados Unidos e não passar num outlet? Eu acho que não! Se você concorda comigo, então o Premium Outlets é parada obrigatória. Na verdade, são dois shoppings diferentes: o South, ao sul da Strip, é fechado, e tem lojas mais conhecidas dos brasileiros. Eu fui no North, que fica perto da Fremont Street, que é a céu aberto, e também tem várias marcas queridinhas da gente: Adidas, Hugo Boss, Tommy Hilfiger, GAP, Calvin Klein, etc.


Eu só fui pra brincar de experimentar, hahaha


Os descontos não são tããão maravilhosos assim, mas tem como melhorar: lá eles distribuem uma revista mensal com cupons de desconto para utilizar. Você também pode pegar esses descontos no site. Daí é só levar e aproveitar!










É uma "atração"? Não, não é. Mas é o máximo dos máximos e uma das melhores barganhas que você vai fazer em Vegas se gosta de álcool e bebidas frozen.


Fat Tuesday no café, no almoço e no jantar!


Sério, ele vai ser seu melhor amigo lá, já que em Vegas é permitido beber em qualquer lugar, a qualquer hora. E o melhor é que, como tem várias filiais espalhadas pela cidade, e o copo é refil, você pode “reabastecer” quando quiser. Os sabores são deliciosos, levemente alcoólicos, e dá para fazer infinitas misturas. Se você quiser dar uma turbinada, também pode acrescentar shots de bebidas variadas!




Todo mundo que vai a Vegas tem pelo menos um espetáculo em mente, um Cirque Du Soleil, um cabaré, um show da Britney, sei lá. Mas, se você vai visitar a cidade e não pensou em ver um show de mágica, por favor, repense! Não conheço outro lugar no mundo que tenha tamanha concentração de mágicos fazendo performances incríveis como as de lá. E eles são bem conhecidos: tem o Criss Angel, o Penn and Teller, o Mat Franco, só para início de conversa.

Minha vontade era ver todos, mas a grana era curta. Sendo assim, fomos de clássico, e escolhemos o mágico que fazia avião desaparecer desde que eu ainda usava fraldas, o maravilhoso David Copperfield. E posso falar? Não me arrependi nem um pouco! Num teatro minúsculo, ele fez desaparecer disco voador e aparecer dinossauro bem acima de nossas cabeças, e bem debaixo do nosso nariz. Vale cada centavo, gente! Siga o conselho do titio Copperfield: deixe-se levar pela magia do impossível!



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Robbie Jacks


Quem me conhece, sabe de minha paixão pelo Michael Jackson. Quem ainda não me conhece, e acha que meu nome é Robbie Jacks por acaso, senta aí que eu tenho uma vida pra te contar.


Minha história com Michael Jackson começou dentro da barriga da minha mãe. No ano que nasci, ele lançou o melhor álbum de todos os tempos, e certamente o maior de sua carreira. Nascemos, Thriller e eu, juntos, e nunca mais nos separamos desde então.

O disco de minha mãe, que tanto surrupiei para babar sobre o encarte
Antes mesmo de me entender como gente, já sabia o que era fascinação. Minha mãe contava histórias de como eu, ainda bebê, cantava junto com Michael, babava em cima dos discos, não desgrudava os olhos na TV quando ele aparecia. Eu o chamava de "Mijaco", e fazia a alegria dos adultos quando não me negava a imitar sua dança e seus gestos icônicos.

Uma das minhas primeiras lembranças minhas mesmo, daquelas que ninguém me contou, é de sentir muito, muito medo. Não do Michael em si, mas do clipe de Thriller. É que nele havia uma morta-viva que eu achava parecidíssima com a minha recém-falecida avó, e aquilo me dava pesadelos. Minha mãe e meu irmão mais velho achavam aquilo hilário, óbvio, e colocavam a faixa para tocar. Daí eles fingiam terem se tornado zumbis e vinham para cima de mim na batida da música, com olhos esbugalhados e braços esticados. Eu corria para debaixo da cama e gritava a plenos pulmões, só para vê-los se escangalharem de rir. Parece cruel, e devia ser mesmo, mas isso só aumentou meu fascínio.

Não bastava ser minha mãe, tinha que me ajudar a traduzir letras de música

Assim como o Michael teve muitas fases, eu também tive. Quando criança, o via como um anjo perfeito, de voz doce e poderosa, e meu primeiro professor. Me debruçava sobre o encarte de Thriller para admirar cada centímetro do pôster e, principalmente, analisar as letras. Eu ficava horas, dias inteiros perdida naquelas letras, usando um dicionário para traduzir aquele mundo inteiro de palavras que ele cantava tão melodiosamente. "Mãe, o que é doggone?", "Beat It quer dizer 'bata nisto?'", " Por que ele diz que a gente é um vegetal?". As perguntas eram intermináveis, e o tamanho da paciência da minha mãe não era proporcional ao meu volume de dúvidas. Eu queria ser como ele, falar como ele, cantar como ele. Queria saber por que ele havia escolhido aquela palavra, aquela entonação. Voltava a agulha do disco várias e várias vezes para imitar a pronúncia, os falsetes, até a respiração. Ouvia os discos embaixo da cama, com o cobertor na cabeça, improvisando uma acústica para poder sentir cada vibração.

Quando a puberdade deu seus primeiros indícios, Michael passou de meu pai para primeiro amor. Daqueles amores bobinhos, é claro, do tipo que você acha que ele vai te comprar um sorvete, dar uma volta em Neverland e jogar videogames até o dia raiar. Mas ele era meu crush real e oficial. Foi nessa época, com 12, 13 anos, que passei a colecionar materiais sobre ele, que vou mostrar em outro post. Aqui, a imagem dele era tudo pra mim. Fiquei fascinada por seus movimentos, corpo, rosto, cabelos, e sua voz agora me fazia imaginar como seria o amor, como seria estar com alguém que me fizesse sentir tudo o que suas canções prometiam.

Meu fascínio era tanto que eu anotava absolutamente tudo sobre Michael Jackson

Foi uma fase muito gostosa. Me lembro de escrever uma carta para ele. Queria ser romântica, mas tinha noção de 1- eu era muito jovem pra ele e 2- minha mãe ia ler a carta porque eu precisava que ela corrigisse meu inglês. Então, me contentei em dizer que era brasileira, fã desde pequena, e que ele havia tocado a minha vida de uma maneira que nenhuma outra pessoa jamais havia tocado. Tirando a minha mãe, ele era a pessoa mais importante da minha vida. Nem meu pai entrava nessa lista, porque eu não era muito fã de papai, o Mr. Jacks. Para mim, ele era igual ao Joseph: muito rígido e nem um pouco carinhoso. Cheguei a mandar a carta, mas, claro, nunca tive resposta.

Mesmo sem notícias, meu amor pelo Michael era público e notório, e contagiava quem entrasse em contato comigo. Lembro como se fosse hoje das coisas que eu fazia para poder matar essa sede de Michael. Como aqui em casa não tínhamos dinheiro sobrando, só fui ter videocassete já na adolescência. Minha vizinha do primeiro andar, a Christianne, que era melhor amiga na época, era uma das únicas que tinha o aparelho.

Dangerous foi o primeiro show do Michael que vi, e foi amor instantâneo

Um dia, a Globo exibiu um show da turnê Dangerous em sua programação, e minha amiga gravou. Quando eu soube da notícia, coitada da Chris, nunca mais teve paz. Minha missão de vida era assistir àquela fita, e me lembro de pedir, implorar, fazer barganhas para que me deixasse assistir. Ela também gostava de Michael, e passávamos horas pausando e voltando a fita, para não perder nenhum detalhe. Hoje em dia vejo os shows cheios de bailarinos, cenários e efeitos especiais e acho até engraçado como que o MJ conseguia preencher aquele palco preto enorme só com a sua presença.

O primeiro CD que comprei na vida 

Lembro também de quando o CD começou a se popularizar. Minha família, novamente, demorou para comprar o primeiro player, mas eu já tinha comprado meu primeiro CD: Michael Jackson- Minha História Internacional, que vinha com alguns sucessos da época dos Jackson 5. Novamente, quem me salvou foi a Chris, que me emprestou seu minisystem para que eu pudesse passar as músicas para uma fita.

Tenho muito carinho por essas primeiras memórias. O dinheiro era curto, mas o amor, infinito. Eu costumava me achar a pessoa mais sem sorte do mundo por não ter nascido nos EUA, nunca ter visto um show do Michael ao vivo, mas ele me trouxe tanta coisa que é até injusto que eu pense assim. Este é o primeiro de uma série de posts para celebrar a vida desse artista completo, meu rei, Michael Jackson.

Agora você entende por que meu nome é Robbie Jacks? ;)


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Robbie Jacks
Quando a gente viaja, uma das nossas maiores preocupações é a alimentação, né?  Perguntas como "será que vou gastar muito?" ou "será que a comida vai me agradar?" são muito comuns e válidas.

Então, deixa eu te dar uma certeza já de cara: em Las Vegas, ninguém morre de fome! Sabe por que?

Os Estados Unidos são conhecidíssimos por serem o país do junk food, mas vocês precisam saber que eles também possuem uma culinária muito variada, para todos os gostos e bolsos! Tem comida mexicana, japonesa, chinesa, brasileira, francesa, alemã, enfim, pratos de todo o mundo para que ninguém passe necessidade. E, como eles são adeptos do lema "bigger is better" (maior é melhor), a maioria dos restaurantes vende porções bem generosas de comida, e refrigerantes refil, e copos de café tamanho jumbo etc. Enfim, de fome você não morre, e ainda gasta pouco.

Uma outra coisa importante: há muitos e muitos shoppings em Vegas, e eles possuem praças de alimentação. Dá para escolher ali na hora o que comer, pesquisar preços, tentar achar opções mais saudáveis no cardápio.

Para quem quer se planejar, fizemos um compilado de alguns dos melhores restaurantes com pratos mais baratos para não pesar no orçamento de ninguém. Se ligue nas dicas e boa viagem!

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1. IHop



  • Culinária: café da manhã

A famosa cadeia de panquecas dos EUA tem diversas filiais em Vegas. Sua especialidade é comida de café da manhã, servidos o dia inteiro. Prepare seu estômago para uma infinidade de waffles, omeletes, salsichas e french toast (a nossa rabanada) a partir de 6 dólares. Eles também servem sopas, saladas, hambúrgers e sanduíches. Não deixe de provar todas as caldas que eles deixam na sua mesa. São uma delícia!



2. Cheesecake Factory




  • Culinária: variada, com foco nas sobremesas (cheesecakes)


Muito bem avaliado em qualquer lugar dos EUA, o menu é quase uma lista telefônica de tão variado. Eles servem pratos pequenos e grandes, pizza, massas, carnes, peixes, e seus famosos cheesecakes de tudo quanto é sabor, do morango ao caramelo com flor de sal, que você não pode deixar de provar! Uma salada verde sai a $6,95 enquanto os pratos mais elaborados custam entre 15 e 20 dólares, mas alimentam duas pessoas. Já a fatia de cheesecake sai a $6,95. Imperdível.


Chicken Madeiro, $17,95



3. Shake Shack




  • Culinária: Fast Food
Na verdade, o Shake Shack é melhor do que fast food. Uma de suas delícias é o Smoke Shack, um hamburger com bacon, pimenta, queijo e o molho Shack, que sai a míseros $6,99. 

Fato fofo: eles têm um menuzinho para cachorros *ooooown*





4. Panda Express




  • Culinária: Chinesa

É tipo um fast food chinês, e um dos lugares que mais gostei de comer. A comida é deliciosa e muito barata. Basicamente funciona como um restaurante daqueles sem balança, mas são eles que colocam a comida, basta você escolher o tamanho do prato. Com $6,80, por exemplo, você escolhe duas entrées (carne, camarão ou frango) e um side dish (arroz, yakisoba ou vegetais). Eles também têm os clássicos rolinhos primavera (egg rolls) e biscoitinho da sorte (fortune cookie). Se você não é de comer muito, peça sempre o menor prato. Vai por mim, a comida enche que é uma beleza, e você só vai ter fome muitas horas depois.




5. Earl of Sandwich



  • Culinária: Sanduíches, wraps, saladas e sopas
O melhor desse restaurante é que, com menos de 10 dólares, você consegue fazer uma refeição completa. Os sanduíches são deliciosos, e seu tamanho também é generoso. É um dos melhores restaurantes em termos de custo-benefício de Las Vegas! 




6. Ellis Island Cafe

  • Culinária: Variada

Com um menu variado, o restaurante é muito procurado tanto de dia quanto de noite. No café da manhã, o famoso bacon & eggs sai a $6,99. No entanto, o queridinho da casa é a carne: seja o Prime Rib ($16,99) ou o NY Steak ($13,99), quem provou sempre volta para comer mais. 



7. Marilyn's Cafe



  • Culinária: Variada

Este é o café do hotel em que ficamos, o Tuscany Suites, que fica na Flamingo Road, e qual não foi nossa surpresa em descobrir que ele também é uma das opções mais baratas de Las Vegas? A comida é um desbunde de gostosa e as porções são generosíssimas. Para você ter uma ideia, pedi um chocolate quente pequeno e não aguentei beber tudo (e olha que eu sou viciada em chocolate!). Neste dia, pedimos um café da manhã para dividir, e mesmo assim deixamos comida no prato. Olha só a minha metade do waffle:


Além desse breakfast maravilhoso, eles oferecem um "all-you-can-eat" de panquecas por menos de 5 dólares! O restaurante fica aberto 24 horas, e se você for jantar entre meia-noite e 5 da manhã, pode se deliciar com um NY steak com ovos por apenas $5,99!



8. Pizzeria Francesco's


  • Culinária: Pizza

Para quem quer provar uma pizza bem ao estilo New York, a Francesco's, no Treasure Island, é o point ideal. Os sabores são clássicos: queijo, pepperoni, marguerita ou "monte você mesmo". Já os preços são ótimos: uma fatia da pizza de queijo sai a $4, com mais um ingrediente, sai a $5, dois ingredientes por $5,25 e por aí vai.


9. Tacos El Gordo





  • Culinária: Mexicana

Se você estiver na Old Vegas (Downtown), lá onde fica a Fremont Street, este restaurante mexicano é um dos lugares mais baratos para comer. Com apenas 2 dólares (!!) é possível comprar um taco simples, que na verdade não tem nada de simples, pois lá eles capricham na pimenta!


10. Denny's


  • Culinária: Variada

Assim como o IHop, o Denny's também é conhecido por seu menu de café da manhã (chamado de slam) servido durante todo o dia, que mistura panquecas, ovos, bacon, salsichas, batata etc. Parece que não combina, mas é delicioso, gente. Os preços também são bem palatáveis: nenhum slam custa mais do que 10 dólares. Dá para comer bem e ainda economizar para o resto do dia.




11. Top of the World



  • Culinária: High End

Este restaurante, que fica no topo do Stratosphere, o prédio mais alto de Las Vegas, não é exatamente o restaurante mais barato para comer, mas como ele é um dos cartões-postais da cidade, a gente descobriu um jeitinho para você aproveitar o cenário pagando pouco.

O que acontece é que o Stratosphere Hotel e Casino cobra uma entrada de $20 só para acessar o observation deck, que é de onde se vê toda a cidade. Aí eu te pergunto: não é melhor transformar esses 20 Trumps em comida e também em diversão?

Bom, é aí que entra o Top of the World, o restaurante do Stratosphere. Como o nome diz, ele fica no topo da torre, e é feito todo de vidro. O melhor de tudo é que ele gira lentamente, ou seja, você tem toda a vista de Las Vegas enquanto desfruta de uma deliciosa refeição.

Agora, a minha dica para economizar: pegue um fim de tarde, antes de escurecer, e vá ao restaurante. Não vá com fome, para não ficar triste, o objetivo é aproveitar a vista. Os itens mais baratos são a salada ($14), os cocktails ($15) ou as sobremesas ($9 pelo crème brulée). Escolha uma mesa mais perto do vidro e fique lá, preguiçosamente saboreando as iguarias, e veja o espetáculo do pôr do sol direto do topo do mundo.

É ou não é uma dica maravilhosa?

Ok, não foi barato, mas valeu a pena!



12. Walgreens 





  • Culinária: Saladas e sanduíches

Esse aqui é o grande salvador dos turistas apertados de grana em todo os EUA. O Walgreens não é um restaurante, e sim uma loja de conveniência e, sendo assim, nada mais conveniente do que ter uma seção de comidas prontas para o consumo para quem está com pressa, não?

Além de biscoitos, cereais, chocolates e bebidas, o Walgreens também vende sanduíches, tortas e saladas, o que facilita e muito a nossa vida. Os produtos são frescos e gostosos, e as saladas vêm com um molhinho num sachê para você temperar a gosto, tudo por menos de 10 dólares.

Bônus: A farmácia CVS também vende um mundo de lanches rápidos, e tem várias unidades espalhadas por Las Vegas. Eles têm até uma máquina refil de refrigerante. É só chegar e se servir!




13. The Donut Bar




  • Culinária: Donuts & café

Para ir neste café, você vai ter que rebolar um pouco, mas vale MUITO a pena.

Maple bacon: uma saudade

Localizado no Downtown (perto da Fremont Street), o Donut Bar é um café do tipo "quem comer, comeu", ou seja, ele de manhã cedo e fecha no início da tarde, ou assim que acabar o estoque. E acredite, não é difícil acabar o estoque. Dá uma olhada nessas delícias.


Outro problema é que, como ele fica na parte velha de Vegas, que é completamente deserta durante o dia, é um pouco arriscado ir até lá e depois ficar zanzando pelas ruas. O que eu fiz foi ir até o bar para tomar café da manhã e, de lá, ir visitar o The Mob Museum (museu da máfia), ou a fábrica de chocolates Rocky Mountain ou, ainda, o outlet North Premium, que fica ali perto.

Seja como for, não deixe de provar os donuts. Custam menos de $10 e, acredite, mesmo se forem mais caros, valem totalmente a experiência!!!






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