Robbie Jacks



Sou uma pessoa eclética. Posso dizer, com o coração aberto (e um pouquinho de vergonha) que já namorei caras altos e baixos, gordos e magros, feios e, os que sempre causam problemas, os LINDOS.

Meu primeiro namorado LINDO foi um problemão. Eu era adolescente e, nessa época de falsos amigos e inimigos declarados, chovia gente pra acabar com minha horta. Esse meu namorado, que vou chamar de 'R', era cobiçado por todas as meninas do bairro. Uma delas, a irmã pirralha da minha melhor amiga, fazia de tudo para chamar a atenção dele. Como não conseguia, partia para cima de mim, dizendo que tinham marcado um encontro e que eles iam "ficar". Eu, inabalável, fingi que não era comigo, e ainda encorajava a menina a seguir em frente. Eu sabia que ela estava sendo "aliciada" por um ex-amigo meu que, não sei por que cargas d'água, me odiava. Aquele bambuzinho de menina não poderia jamais pensar num plano tão bem "arquitetado", num joguinho que envolvia a sedução do "R" e a minha humilhação.

O plano dos dois foi por água abaixo. Primeiro porque, quando decidi perguntar a 'R' sobre o suposto encontro, ele ficou irado e foi logo tirar satisfação com a menina. Ela, com medo, revelou logo quem estava por trás do plano. Fomos então à casa do tal garoto, que não só confirmou o plano como ainda quis fazer graça, dizendo que seu objetivo nunca foi me prejudicar! Era só o que faltava!

Eu e "R" ainda ficamos mais um tempo juntos, e terminamos por outros motivos. Desde esse dia, no entanto, aprendi que, com medo de ter o olho furado, eu os mantinha fechados. Desde então, fico de olhos bem abertos, para avistar de longe qualquer flecha/dardo/prego voando na minha direção.
Robbie Jacks
minha loja favorita!!





Nas comunidades de relacionamento, há perfis falsos para todos os gostos. Tem fake que fala tudo na lata, doa a quem doer. Tem fake que é popular, tem mil comunidades e amigos. Tem fake que é artista, ou parece um, lindo e photoshopado, atraindo fãs e adoradores, todos embasbacados com a beleza da foto. Mas nada disso é real, ou é?

A menos que eu esteja louca, um fake é, por definição (e por dicionário) uma falsa representação de quem o criou. Ou melhor: um fake é, na maioria das vezes, tudo o que a pessoa quer ser, mas seja por timidez, medo ou repressão, acaba não sendo. Com o benefício do anonimato, essa máscara nos dá a sensação de liberdade para sermos quem quisermos e vivermos através desse personagem.

No mundo virtual, ser fake pode trazer popularidade e poder, e nem sempre isso é ruim. Se com ele você percebe como é bom mostrar suas opiniões, aprende a lidar com as críticas e passa a encarar a vida com bom humor, provavelmente você vai querer experimentar essas mesmas sensações nas suas relações reais, de "cara limpa". Quem apenas se esconde atrás de um fake, de um computador, de um personagem, tem problemas que vão além de uma simples identidade falsa.

Todo mundo pode se reinventar. Todo mundo pode mudar. Tudo o que somos/queremos do nosso fake está dentro de nós. Basta procurar.
Robbie Jacks






Todos os dias, ao chegar da escola, a primeira coisa que eu fazia era colocar o cd deles para tocar. E cantava junto. Em alto e bom tom. Quando anunciavam alguma aparição deles na TV, eu ficava grudada na tela, com o botão no rec do videocassete, pronta para dispará-lo a qualquer momento. Minha mesada era dedicada à eles. Comprei pôsteres, blusas, chaveiros e revistas em línguas que sei que nunca vou aprender, só por causa da carinha deles. Foi uma pequena fortuna bem investida.

Quando eles vieram ao Brasil pela primeira vez, quase pirei. Acordei cedo, juntei as amigas e corremos para o hotel. Não deu para vê-los de perto, mas só de estar ali, respirando o mesmo ar que eles, já valia a pena.

Algum tempo depois, foi a vez de ir ao concerto. Acampei na fila, pintei minhas unhas de preto e azul (em homenagem ao CD) e quase morri sufocada na multidão ansiosa. A emoção de vê-los foi tanta que mal me lembro do show. Não lembro nem como cheguei em casa. Mesmo assim, não trocaria aquela época por nada.

Sim, meu passado me condena: já fui fanática pelos Backstreet Boys. Acredito que superei a fase louca, mas minha prova de fogo vai ser agora em março. Será que meu presente vai me condenar também?
Robbie Jacks


E, com ele, a "moda" das piriguetes. Não me levem a mal, sou super a favor do "toda de bundinha de fora" e do "topless na areia, virando sereia", mas tem gente que EXAGERA!

"Over" é quando o "muito" vira "demais". Sendo assim, o sexy vira over quando perdemos a medida e o bom-senso passa longe. Vou dar uns exemplos:

  • Barriguinha de fora é sexy. Tórax, seios, costelas e púbis de fora é OVER!
  • Um piercingzinho aqui e acolá é sexy. Furar nariz, sobrancelhas, língua, boca, umbigo, orelha é OVER! Aliás, não só over, como fica parecendo a Elaine Davidson!
Eu poderia ficar aqui o dia inteiro dizendo pra você o que eu acho sexy e o que eu acho vulgar. Mas, como gosto é que nem... hm... NARIZ, cada um tem o seu. Acredito que a medida da sensualidade deve vir aliada a uma boa dose de bom-gosto. É claro que a gente deve vestir/se comportar/viver da maneira que acha mais confortável, e sem essa de querer agradar todo mundo. Aliás, é justamente quando a nossa auto-estima está em cima que ficamos naturalmente sensuais. Por isso, quando resolvemos dar uma "ajudinha" para a sensualidade , temos que ter noção do impacto que queremos causar. Ser notada é bom e todo mundo quer. Mas será que vale tudo pra chamar a atenção?
Robbie Jacks



Meu melhor verão é composto de muitos verões- nos longínquos tempos em que as férias começavam em novembro e fechavam com as águas de março.

Pois cada verão tinha um sorriso, um cheiro, um amigo. De banhos de mar, ski-bundas na cachoeira e saltos mortais na piscina. De pique-esconde ao meio-dia e estórias de terror à meia-noite. De camping na floresta, de pousada à beira-mar, de hotel-fazenda. A sirene industrial berrando impaciente pra nos oferecer almoço. As aventuras de bicicleta pelas ruas vazias no carnaval. Os picolés de milho-verde comprados com centavos juntados pelas nossas mãos cheias de lama e as mordidas escondidas no bolo de abacaxi saído do forno. A tristeza da volta às aulas dissipadas pelo cheiro de material escolar novo. Tudo registrado, guardado, sentido: dentro e fora dos álbuns de recordação.
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