Robbie Jacks

"Acho que deveríamos ser só amigos." Não, não NÃÃÃO! Quantas vezes já ouvi essa frase, e quantas vezes neguei o pedido de perdão embutido nela? Não vale nem a pena contar.

O caso é que, se acabou, é pra acabar mesmo, de vez, de V'EX. Não pensar mais nos planos feitos, nas declarações de amor eterno, naquela boca maravilhosa... Dói, eu sei. Mas superar é preciso!

Quando termino um relacionamento, ou melhor, quando o terminam pra mim, é como se um pedaço de mim estivesse em estado terminal. Claro que eu poderia levá-lo para o hospital ou fazer um boca-a-boca (o que não seria má idéia), mas de que adiantaria? Esse meu pedacinho enegrecido, estilhaçado, nunca mais seria o mesmo. Então, prefiro jogar fora, deixá-lo morrer. Coloco minha blusinha preta e choro o moribundo, pelo tempo que for necessário.

Até o dia em que alguém inesperadamente chega com uma pecinha que, ironicamente, se encaixa direitinho no buraquinho deixado pela outra.


Nossa, meu post começou verde e terminou rosa com bolinhas da mesma cor. Humpf, c'est la vie...
Robbie Jacks

*Será que não tem um jeito de apagar as experiências ANTES de elas acontecerem???...*

Foi mágico. Lindo mesmo. Mas eu não queria. Por que ele tinha que aparecer justo naquele dia? Pessoa certa no momento errado, isso era mais do que óbvio. Um sorriso, uma pergunta, horas e horas descobrindo-nos iguais: duas peças de um quebra-cabeça surrealista. Nova e feliz, eu era. A vida acontecendo rapidamente e eu já planejada, pensada, encaminhada. Ele veio e balançou tudo. Me fez questionar cada objetivo que tinha pra mim. Pra quê? Ele não ia ficar, não podia ficar. Só de estar ao seu lado me senti completa, segura. Ele também sentiu o mesmo. Trocamos promessas; confessamos segredos, mas falei de meu relacionamento. Choramos, e não pudemos ir em frente. Uma lembrança poderosa ficou, mas preferia esquecer. Foi mágico, lindo mesmo. Mas eu não podia.
Robbie Jacks

Apesar de toda a raiva, pedi desculpas. Apesar de toda a mágoa, me humilhei. Apesar de toda a injustiça, admiti o erro, imaginário. Apesar de tudo, de nada adiantou. Fazer as pazes não é tão fácil como pensei. A metáfora do cristal quebrado me cai como uma luva: curar as feridas implica expurgar do peito toda a dor causada pelo outro e nada, nada mesmo me fez esquecer a angústia que senti ao vê-las se reunindo para a foto de formatura, sem nem mesmo notar minhas lágrimas, que molhavam minha beca. O tempo, que dizem curar todas as feridas, também cuidou de fechar meu coração, e deixar para trás, para exatamente dez anos atrás, uma amizade dita indestrutível, mas que foi brutalmente interrompida por conta de uma simples fofoca.
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