Robbie Jacks



Aos 12 anos, meu passatempo preferido era brincar de boneca. Não falo daquelas bonecas-bebezinhas, que voce finge dar comidinha, aplica injeções de mentirinha e ralha com ela igual sua mãe fazia com você. Meu negócio eram as Barbies, os Kens e as Susies da vida. Todos os dias, era lei invadir a cama da minha mãe, espalhar meus brinquedos na cama e montar a "mansão" da Jaqueline, minha Barbie mais bonita. E Manoel Carlos que se cuidasse: um dia ela era a empregada que se apaixonava pelo filho do patrão; no outro, a madrasta que tinha um caso de amor tórrido com o enfermeiro do marido tetraplégico. Romance, aos meus 12 anos, era assim-- duravam um dia, eram cheios de reviravoltas, mas sempre terminavam com um final feliz. Tudo ia bem no reino da minha imaginação.


Aí, semana passada, sofri um baque da realidade. Junto com Eloá, a menina feita refém pelo namorado insandecido, me veio a pergunta: será que sempre foi assim? Fiquei com pena da menina Eloá. A menina que, aos 15 anos, ficou entre a vida e a morte por conta de um relacionamento que nem eu, na idade que tenho hoje, conseguiria entender. A menina que, aos 12 anos, quis viver as fantasias que povoavam sua cabeça, românticas e juvenis. A menina que queria ser adulta foi namorar um homem feito, e não se deu conta que não só a sua infância foi interrompida, mas também qualquer chance de futuro.
Robbie Jacks



Sou conhecida por engolir elefantes e engasgar com mosquitos. O que acontece é que meu baldinho de paciência vai enchendo, vai enchendo e um dia, seja por maremoto ou gota d'água, ele transborda. Aí não tem choro nem vela: não perdôo mesmo.

Não perdoar não é legal- já perdi amigos e namoros. Não perdoei a amiga da 5ª série por roubar minha lapiseira; não perdoei o namorado que esqueceu meu aniversário. Os motivos parecem bobos, e são mesmo, mas fazem parte de uma longa cadeia de furos que estremeceram os relacionamentos. Quando canso de ser boazinha, dou meu grito de independência, e corto mesmo.
Embora eu saiba que guardar mágoa só fere quem a carrega , perdoar, às vezes, significa atestar que tudo está bem, que ele/ela pode continuar vacilando que eu agüento. Se não consigo perdoar, é porque a decepção foi maior que o amor, e não há mais razão para continuar. Sorte que esse mundão é grande, e sempre haverá novas amizades, novos amores, novos recomeços.
Robbie Jacks




Dato de 21/04/1997, 1 dia após meus 15 anos, o início da minha neura com calorias. Nesse dia, meu casinho me trocou por outra. Tá, ele pode ter me trocado por "N" razões, mas a única coisa que vi foi que ela era magra e linda. E, me olhando no espelho, percebi que meu corpo era o dobro do dela. Surtei e decidi que, a partir de então, meus dias comendo X-tudo acabariam.

11 anos passaram e continuo na briga. Se as aulas de matemática tivessem usado as calorias do meu nescau com pão-de-queijo matinal como base para os cálculos, hoje eu seria presidente de banco. Infelizmente, não sou presidente de nada e ainda roubo na contagem de calorias. Não consigo fazer essas dietas de revista, com receitas complicadas e ingredientes que nunca vi na vida (endívia é peixe?). O fato é que ainda não descobri um jeito de viver com papel e caneta na mão, contando as benditas unidades de energia para manter o corpo (e as calças) num tamanho decente. Como por gosto mais do que por necessidade! Gosto dos sabores, das texturas, e do conforto que comer traz. Quando estou namorando,então, nem se fala! Tudo é motivo pra comer: o cineminha, a festa, o finde esparramado no sofá...

Minha única saída é malhar muito. Sei que não é a solução, mas tem ajudado. No entanto, fica a promessa: amanhã eu começo uma dieta. Agora, deixa eu aproveitar que ainda é hoje pra dar um pulinho lá na geladeira!
Robbie Jacks


A pauta da vez é "casamento gay". Mais especificamente, o casamento entre a Lindsay Lohan e a Sam Ronson, que foi supostamente anunciado dia desses. Agora, vamos separar o joio do trigo:
Primeiro de tudo: quem disse que a Lindsay e a Sam estão mesmo juntos? Não sou de acompanhar a vida das celebridades, mas eu acho que isso nem namoro é. Ou é amizade ou é uma "fase", bem ao estilo Anne Heche (aquela que era, mas não é mais. E o disco voador, lembra?) . Pusé. Para mim, Lohan não é gay, nem bi, nem chegada: está só solitária e confusa.

Agora vamos ao casamento gay: não tenho nada contra. Uma das minhas ídolas, Ellen DeGeneres, acabou de se casar, e eu gostaria de vê-la em uma união duradoura, com muitos filhinhos. A questão do casamento não é com quem você vai se casar, mas por quê. Se as pessoas gays, lésbicas, trans, bi ou queer, sei lá, acharam a metade da sua laranja, a panela da sua tampa, a carne da sua unha, por que não casar? Não é proibindo os pombinhos de assinar um papel que se vai extinguir a homossexualidade, né? E se eu estiver errada e a La Lohan quiser juntar os trapinhos Valentino com a DJ, que junte! O negócio é ser feliz, cada um cuidando do próprio nariz!!!
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