Robbie Jacks

Deixa eu te contar como funciona meu pai:
Semana passada, se estão lembrados, tirei uma peça de carne do freezer sem muita ideia do que fazer com ela. Ao pegar o vinho para temperá-la, descobri que papai havia comprado vinho tinto seco ao invés de branco. Para me inspirar, procurei uma receita na internet que unisse os dois ingredientes e BAM: picadinho de carne ao vinho tinto com legumes.
Modéstia à parte, ficou de lamber os beiços. Empolgada, contei para papai sobre como peguei o erro dele e transformei em uma refeição daqui, ó *aperta o lóbulo da orelha direita*.
No dia seguinte, na hora do almoço, esquento o bouillabaisse de pobre pra gente. Eu como e lambo o prato e fico rondando papai, fingindo estar ocupadíssima analisando uma colher na cozinha. Quando dá a última colherada e molha o restinho de cream cracker que tem na mão no caldinho, papai solta um muxoxo.
"Ficou bom, pai?"
"Hm, não está ruim, mas me deixou enjoado."
😒😒😒😒😒
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Corta pra hoje. Quando faço uma receita que fica muito, muito boa, costumo repeti-la até entupir todos os poros. Comprei todos os ingredientes novamente e fiz a receita passo a passo, do mesmo jeitinho, com as mesmas medidas. Nem preciso dizer que ficou divino de novo. Quando ia avisar papai que o rango que comeremos pelos próximos 3 dias estava pronto, resolvi mudar de tática.
Antes que ele torcesse o nariz para mais uma receita com vinho tinto, abri a panela e exclamei: "hmmm, fiz uma sopinha deliciosa pra nós!"
E agora ele tá aqui, lambendo o prato, chamando minha sopa de "substancial" e já pensando em que panela vai esquentá-la pra amanhã.
Cai o pano enquanto lavo a louça.
Robbie Jacks


Era uma vez um americano chamado Neander no Tinder.

Ele era feio, mas dei match. Tava curiosa.

"Oi, tudo bom?", disse ele, em inglês, mas tô aqui falando proceis, então traduzi, tá?

"Tudo", respondi. "Posso te fazer uma pergunta?", emendei.

"Claro!", e mandou uma carinha sorridente 😊.

"Qual a sua altura???", com três interrogações pra mostrar que eu já não tava mais segurando a ansiedade.

"Por que quer saber?", quis saber ele.

Respirei fundo. Era hora do show.

"É porque eu quero saber se você é Neander Tall ou Neander Short!"


BA-DUM-TSSSSS!

Robbie Jacks





Robbie Jacks


Cheguei em casa, e me dei conta: hoje fazem 14 anos que perdi minha mãe.

14 anos.
168 meses.
5.110 dias. 
Não vou nem calcular as horas, não tenho régua para medir o tamanho desse abismo que se alarga com o tempo e torna cada vez mais distante o último dia que te vi na Terra.

5 estádios de futebol lotados.
8467314 hectares de uma fazenda no Nordeste.
Um Romeo Beckham inteiro.
3 voltas ao redor do mundo e 1,5 viagem à Lua.
3 faculdades e 1 mestrado.
Incontáveis namorados.
2 matrículas no Município, 1 exoneração.
9 empregos.
836527488958727262 dúvidas.
0 certezas.
1 vida adulta inteira.

Me faltam medidas, termos leigos, não consigo fazer aproximações, mas o tempo me diz que passei os últimos 14 fucking anos sem você, mãe.

Mas eu não acredito nessa matemática. Ainda ontem conversamos sobre coisas da vida, lembra? Te falei dos meus sonhos, você me falou das suas esperanças para mim. Eu lembro, foi ontem: você me falou que ia ficar tudo bem, encostou seu nariz no meu, senti o cheiro da tua respiração, e novamente éramos apenas um, corações batendo em uníssono, num abraço tão terno que ainda sinto seu calor em minha pele.

E eu ainda sinto tudo, mãe. Quando a saudade dói muito forte, sinto seu cheiro numa lufada de ar. Quando preciso de um tapa de realidade, é a sua voz que ouço. Quem me afaga os cabelos nos sonhos, com suas mãos delicadas e fofinhas é sempre você. São 14 anos para os outros; para nós, o tempo parou. Eu sempre vou ter te visto pela última vez ontem, falado contigo ontem, recebido um beijo e uma bronca sua ontem. Vão passar 14, 24, 44 anos, mas o nosso último encontro sempre terá sido ontem. No meu ontem, que não se afasta da memória por esse covarde chamado tempo. Ontem, eu e você éramos nós. Ontem ainda estávamos juntas.

Amanhã vou ter a sua idade quando se foi, mas nossa relação permanecerá a mesma. Me sentarei no seu colo, no alto de meus 65 anos, e te beijarei o pescoço, e te farei cosquinha, e te direi que és a melhor mãe do mundo, a mais linda, a mais cheirosa, e te pedirei que nunca me abandone. E você continuará linda, cheirosa, com esse seu sorriso largo e olhos bondosos, afagando os cabelos da sua Betinha e prometendo que sim, estará comigo, como esteve ontem, e estará hoje, assim que o relógio bater meia-noite, e o presente se tornar apenas mais uma lembrança.
Robbie Jacks



FELISHHHHIDADE


Um dia, eu estava muito, muito, muito feliz. Queria explodir de tanta alegria. Essa epifania me ocorreu no meio de uma dentada num bolinho. 'Que sorte a minha, a felicidade devia estar misturada no recheio', pensei. Tudo corria às mil maravilhas, o futuro parecia promissor, o bolinho tava daora. O mundo era bão mesmo, Sebastian.

Mas eu parei. Subiu um frio da barriga até a garganta, e meus olhos arregalaram, como eles costumam fazer quando nos damos conta umaverdade irrefutável. "Cara, alguma merda federal vai acontecer", disse eu, tão devagar que parecia que haviam me posto em câmera lenta.

"O que houve, Roberta?", perguntou meu interlocutor, perplexo.

"Nada, tá tudo bem agora, mas alguma coisa de muito ruim vai acontecer, tenho certeza. O universo tem esse jeito escroto de balancear as coisas, e eu não estou felizona desse jeito à toa".

"Deixa de ser paranoica, mulher! Essa felicidade toda é sua e é seu presente, então aproveita!"

"Shhhhhhh! Tá maluco? Vai ficar jogando pro universo que eu tô feliz? Se esse merda te escutar, vai tratar logo de vir aqui e acabar com a minha festa! Porque o universo é um cu! O CU ME ESPERA!"

PERA: "o cu me espera" ou "o cume espera"? Será que dá para ser ainda mais feliz do que isso? Tipo, 100%-tudo-de-boa-nada-mais-me-incomoda? Aquele jogo de palavras ficou girando na minha língua, e eu queria botar pra fora, acreditar que sim, eu podia escalar ainda mais nesse morro chamado life, e que lá no cume haveria um pote de ouro, toddynhos e filhotes de buldogue me esperando. Queria gritar "Hey, dor, eu não te escuto mais", dar uma banana pro mundo, escrever "Fora, Temer" na testa, sair dançando macarena no meio do chafariz do shopping.

Mas aí eu fiquei com medo da veia treteira e do desejo de vingancinha do universo e me contentei em dar mais uma bocada no bolinho. Ainda tinha recheio, eu ainda estava feliz.
Robbie Jacks






Um dia, eu estava muito, muito, muito feliz. Queria explodir de tanta alegria. Essa epifania me ocorreu no meio de uma dentada num bolinho. 'Que sorte a minha, a felicidade devia estar misturada no recheio', pensei. Tudo corria às mil maravilhas, o futuro parecia promissor, o bolinho tava daora. O mundo era bão mesmo, Sebastian.

Mas eu parei. Subiu um frio da barriga até a garganta, e meus olhos arregalaram, como eles costumam fazer quando nos damos conta umaverdade irrefutável. "Cara, alguma merda federal vai acontecer", disse eu, tão devagar que parecia que haviam me posto em câmera lenta.

"O que houve, Roberta?", perguntou meu interlocutor, perplexo.

"Nada, tá tudo bem agora, mas alguma coisa de muito ruim vai acontecer, tenho certeza. O universo tem esse jeito escroto de balancear as coisas, e eu não estou felizona desse jeito à toa".

"Deixa de ser paranoica, mulher! Essa felicidade toda é sua e é seu presente, então aproveita!"

"Shhhhhhh! Tá maluco? Vai ficar jogando pro universo que eu tô feliz? Se esse merda te escutar, vai tratar logo de vir aqui e acabar com a minha festa! Porque o universo é um cu! O CU ME ESPERA!"

PERA: "o cu me espera" ou "o cume espera"? Será que dá para ser ainda mais feliz do que isso? Tipo, 100%-tudo-de-boa-nada-mais-me-incomoda? Aquele jogo de palavras ficou girando na minha língua, e eu queria botar pra fora, acreditar que sim, eu podia escalar ainda mais nesse morro chamado life, e que lá no cume haveria um pote de ouro, toddynhos e filhotes de buldogue me esperando. Queria gritar "Hey, dor, eu não te escuto mais", dar uma banana pro mundo, escrever "Fora, Temer" na testa, sair dançando macarena no meio do chafariz do shopping.

Mas aí eu fiquei com medo da veia treteira e do desejo de vingancinha do universo e me contentei em dar mais uma bocada no bolinho. Ainda tinha recheio, eu ainda estava feliz.
Robbie Jacks

"Ponderação" é uma palavra que não existe na internet, né? Ou você está certo, ou o outro está errado. Não tem meio-termo. Aí chovem indiretas do tipo "se você pensa assim, você é um babaca" e "ai, quanta gente na minha timeline falando besteira". Eu também faço isso o tempo todo, tô fazendo isso agora, olha a ironia.
Mas é isso, né? Todo mundo tem opinião sobre tudo e agora, com esse trombone universal e formal, porque escrito, toda fala ganha ares de verdade incontestável, e todo locutor torna-se um potencial arauto do absoluto. Cansei por hoje.
É, eu tô reclamando de todo mundo que reclama de tudo. Tô paradoxa, tô hipócrita, tô Alanis Morrissete de saco cheio das opiniões. Tô desativando feeds. Malz aê.
E o que o cosplay de Santos Dumont tem a ver com isso? Nada. Só queria postar essa foto de um tempo em que eu ainda não estava enfadada. Mas talvez o SanDu tenha ouvido muita piadinha no tempo dele por acharem que os Wrights inventaram o avião antes dele. Tadinho. Te entendo, Dudu. Eu também ficaria boladíssima com essa galera de 1927.
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Robbie Jacks




Há algumas semanas, teve uma festa junina aqui no condomínio. Moro aqui desde que nasci, então a área comum sempre foi meu universo. Conhecia todo mundo, até quem vinha só passar as férias e, assim, sempre tive muitos amigos para conversar e brincar. Mas a gente vai envelhecendo, e às vezes perde a conexão com algumas coisas. Foi o que aconteceu comigo. Com o passar dos anos, o condomínio deixou de ser meu. Ele continua o mesmo, de certa forma: as crianças correm descalças, os adultos se cruzam a caminho do compromisso, os idosos juntam suas cadeirinhas na calçada para papear e esperar a noite cair. Mas os meus amigos se mudaram, e eu, sem querer, mudei: o condomínio não é mais o lugar que vivo, é apenas onde moro. Por isso, quando soube da festa junina, pensei duas vezes se deveria comparecer.

Pois eu fui, e foi muito agradável. Lá pelas tantas, uma vizinha já muito velhinha se aproxima e pega na minha mão. Lembro-me dela bem mais jovem, vendendo chicletes a 5 centavos e sacolés rechonchudos de coco. A qualquer hora do dia ou da noite, era só chamá-la embaixo de sua janela para ser agraciado pelos seus doces. Ela me conhece desde pequena, afinal de contas, minhas viagens ao seu apartamento eram frequentes. Além disso, ela conhece minha família, meus pais e talvez meu irmão, que chegaram ao condomínio bem antes de mim, mas não parecia me reconhecer por esse histórico.

Ao pegar na minha mão, ela abre um sorriso e pergunta: "você é a menina que todos os dias passa por mim e me dá boa tarde?". Fiquei confusa com a pergunta, e precisei de alguns segundos para decidir se era eu mesma. Sim, quando chego do trabalho, eu costumo cumprimentar o grupo de senhorinhas sentadas em suas cadeirinhas que papeiam e aguardam o anoitecer, mas nunca o fiz porque guardo uma simpatia que não me cabe no peito, e sim por educação. Às vezes, achava que as cumprimentava tão baixo e tão apressadamente que nem sequer dava tempo de registrar. Mas essa senhorinha estava prestando atenção, e mais: ansiava por aquele gesto toda vez que eu passava.

"Poxa, você não sabe como eu fico feliz quando você passa e cumprimenta a gente", ela terminou de dizer, e eu já estava em vias de passar vergonha com as lágrimas totalmente fora de contexto, mas fui detida por outra vergonha: a de mim mesma por executar tão mecanicamente um gesto que eu nunca pensei que pudesse fazer a diferença no dia de alguém.

É, a gente tem muito o que aprender com a terceira idade. Até eu, que tento tomar cuidado para não atropelá-los com minha juventude, tomo vários tapas na cara da realidade. A primeira coisa é enxergá-los sempre, respeitá-los, dar atenção. Dona Rosa, prometo que vou cumprimentá-la com ainda mais gosto daqui pra frente. Lição aprendida!
Robbie Jacks



Eu li: Michael and I, de Shana Mangatal. E daí?
Bom, primeiramente, gostaria de dizer que eu simpatizo com a Xana Manda Tal. Eu juro que não escrevi o nome da autora assim, foi o comando de voz do meu telefone, mas eu gostei, então taí.
E por que simpatizei com ela? Porque ela sou eu. Ela é você. Ela é doida como todo mundo que é fã pacas de alguém.
Vou contar pra vocês uma historinha. No ano passado, durante o show dos Backstreet Boys aqui no Rio, eu e meu macaquinho amarelo florescente fomos escolhidos durante o soundcheck para fazer uma pergunta aos meninos. Como eu sou tinhosa, a pergunta foi espinhenta. Como eles são casca-grossa, a resposta começou meio atravessada, e depois se tornou diplomática, e no fim eu já não ouvia mais nada. Estava inebriada com aqueles 5 pares de olhos em mim, enquanto o Kevão pedia silêncio pois “a Roberta queria falar”.
Passada a euforia, achei que tinha pegado pesado na pergunta, e ainda teria que encará-los no meet and greet sozinha. O nervosismo me fez ter um ataque de riso, e já cheguei apologizando pela pergunta malandrinha. Um a um, os meninos me garantiram que não havia nada de mais, que eu não atravessei nenhuma linha imaginária e que estava tudo bem. Tirei minha foto e me preparei para a despedida, mas tive um impulso (à la Roberta), virei para o Brian e disse “é, mas sua resposta me pareceu um pouco rude”. Tadinho do B-Rok! Ele arregalou os olhos, colocou as duas mãos sobre o peito e fez um OOO com a boca. “Não, eu jamais faria uma coisa dessas”, disse ele, ainda chocado. Dei um sorriso, disse que estava tudo bem e fui embora.
Na hora do show, eu não consegui ficar em um lugar decente na pista, então resolvi subir para o camarote. Fiquei bem de frente para o palco, mas lá em cima, bem longe de tudo. Não sei de que jeito, se foi o macaquinho amarelo brilhando no escuro, mas o Brian me achou, e passou o show inteiro mandando sinais para mim, imitando meus gestos, apontando para minha roupa.
Se você me perguntar, ele dedicou o show todo a mim. Se você perguntar a qualquer outra fã presente no show, é capaz de ela dizer que ele dedicou o show todo à ela. Eu tenho certeza de que as outras fãs se sentiram da mesma maneira como se os meninos tivesse falado só com elas. Esse é o poder de um ídolo: fazer com que a gente se sinta única.
E pra quê eu contei essa história enooorme? Porque eu acho que foi isso que aconteceu com a Xana. Ela era uma fã doida que começa perseguindo o Michael num hotel, para depois largar sua cidadezinha e se mudar para Los Angeles e arrumar um emprego de recepcionista na empresa que empresariava (empresa que empresariava?) o Michael. Daí, claro, toda vez que o Michael liga, a coitada acha que é para ela, e passa a anotar dia, hora e como foi a conversa. E começa a se achegar ao cara. Só que a doida é tão doida que passa o livro inteiro se agarrando aos “sinais” que recebe de que o Michael está apaixonado por ela. É o amigo que disse que o MJ perguntou por ela, é o “hello” no telefone que parece conter uma dúzia de insinuações sexuais, é o filho do amigo do vizinho que ouviu a tia da madrinha da cunhada dizer que o Michael achou ela linda. Ela bate nessa tecla o livro inteiro, dizendo que o mundo inteiro conspirava para que ela e o Michael ficassem juntos, creditando à sua beleza (que ela menciona ter sido notada por algum figurão dos anos 80 pelo menos uma vez por parágrafo) o fato de Hollywood lhe abrir às portas.
O livro é bem escrito, mas tem umas passagens estranhas. Xana conta que o MJ ligava para ditar músicas. É isso mesmo: ele ligava pra ela e dizia: “Gata, anota aí essa letra manera”. E ela anotava. E dizia que ele falava as palavras devagarinho, como se estivesse tirando prazer de cada uma. E mandava ela repetir. E ela repetia com a mesma sensualidade, enrolando as sílabas na língua. Uma das frases mais PICANTES, ela conta, estava em uma música que ele fez para A Família Addams. O trecho dizia “hard as nails” (duro como unha/prego), que também significa “alguém que não demonstra empatia”. E daí a bicha já fica toda excitada achando que MJ tá dando mole pra ela. E ela fica se agarrando à essa ponta de esperança por 20 anos. Vinte fucking anos!
E é por isso que eu creio em Shana. Ela é uma fã doida, do tipo stalker, que faz com que seus encontros com Michael pareçam “força do destino” quando, na verdade, ela deve ter dormido mal durante vinte fucking anos pensando em como chegar mais perto do Rei. Ela foi a namorada que o Michael nunca teve, pq o relacionamento só existiu com essa intensidade toda na cabeça dela. Mas não é por isso que o relato dela não é real, né? Cada louco com sua verdade. Uma coisa ela realmente conseguiu: acompanhar a Dangerous e a History dos bastidores, de camarote. Mas não: não há nenhuma foto da Shana com o Michael além daquela oficial. Nenhuma selfie, nenhuma foto dele nu, de costas, tirada sorrateiramente enquanto ele levantava da cama para tirar água do joelho, NADA. Tem uns souvenirs de Neverland, mas isso até eu poderia ter tido, se fosse rica, norte-americana e tivesse nascido Kardashian.
Ela se acha mais indispensável na vida dele do que realmente foi. Não tem uma passagem em que o Michael peça ajuda dela diretamente, mas ela se acha completamente responsável por sua integridade e paz de espírito. Diz pra mim se isso é ou não é coisa de fã enlouquecida? È como quando estamos em um relacionamento com alguém incrível e, de repente, descobrimos que o babaca tem um caso extraconjugal há anos, com filhos e tudo. Xana axava que sabia tudo o que se havia para saber sobre Michael e, por isso, achava que o conhecia, conhecia seus hábitos e humores. Mas ela não sabia de porra nenhuma. Ela foi surpreendida com o casamento com a Lisa Marie e o nascimento dos filhos, e ainda assim não se tocou de que jamais significaria nada para o Michael, que preferia até a companhia de criancinhas do que a dela. Xana foi a eterna corna de um relacionamento imaginário, e nem assim ela acordou para a vida.
Não vou dizer que ela não teve um relacionamento mais íntimo com Michael. Aliás, se você ler o livro, vai até acreditar que ela foi, sim, pra cama com o cara, porque é tão patético quando chega o momento (depois de 7 fucking years) que dá vontade de falar “vem cá, mana, ele só quer te comer”. Ela tinha 26 anos e era VIRGEM, for crying out loud! Nem beijo na boca a bicha havia dado, a não ser que você conte o tal selinho na van preta do MJ num dia aleatório em que ela diz que ele pediu que ela descesse do escritório rapidinho. Até a descrição do beijo é boba, como aqueles selinhos que você dá no amiguinho de escola aos 5 anos. A bichinha está enrolada até o pescoço nessa fantasia, e acredito que ainda esteja, pois ela ainda crê que, se tivesse ido ao Staples Center antes, como sua “amiga” Grace (Nicole) queria, ela o teria salvo das mãos do Conrad Murray que, aliás, ela nem cita no livro.
Enfim, a Xana fala muito sobre o Michael ser uma criança grande, mas acho que quem não cresceu foi ela. Alienada desde seu primeiro contato com o Michael, fazendo a groupie no hotel em que ele estava, até o funeral em que ela se senta na fila de trás e vê os Jacksons unidos e se sente “parte” da família, a vida de Xana Manda Tal é um eterno conto de fadas. Pelo visto, sem final feliz.
Robbie Jacks


Sou graduada pelo ISERJ. Tenho outra graduação pela FACHA. Mas eu não seria quem sou hoje se não fosse pela UERJ.
Ela entrou em minha vida muito antes do vestibular. O ano era 1996 e eu, louca por artistas internacionais, enchia o saco da minha mãe para me ajudar na tradução de textos de revista e músicas. Ela, incapaz de conter o amor pela Língua Inglesa que corria no meu sangue e no dela, decretou: "se quer mesmo aprender Inglês, te boto num cursinho".
Quem olha de fora, talvez não entenda. É um prédio sem atrativos, alto e cinzento, sem o classicismo nem o requinte, e muito menos a modernidade de tantas outras universidades por aí. Mas esse primeiro contato com a UERJ foi surreal. Eu só tinha 14 anos e, de repente, já estava me metendo em aventuras além do meu bairrinho, expandindo minha pequena visão de mundo, que agora incluía o Maracanã e todas as vidas que eu via no caminho.
Todos os sábados, durante quatro anos, percorri aqueles corredores do 9º andar, repletos de gente de todos os tipos, classes e cores. Comi incontáveis joelhos quentinhos, daqueles que o queijo estica até tocar o queixo, fiz amizades com professores e alunos, trouxe amigos de fora para dentro e, conforme meu conhecimento crescia, meu amor por aquele bloco de concreto frio (e às vezes insuportavelmente quente) aumentava.
A UERJ me deu meu primeiro emprego, no mesmo cursinho de Inglês que acabara de terminar. A sensação de comandar uma sala de aula cheia de alunos com o dobro da minha idade foi surreal. Eu, verde que nem fruta no pé, suava frio nas primeiras aulas. Eram 4 horas de puro nervosismo, ainda sem jeito em ocupar uma nova função entre as mesmas quatro paredes. Mas peguei gosto por ver a sala sob um novo ângulo, e as paredes se afeiçoaram novamente a mim.
Corta para 1999. Recém-formada no Curso Normal, meu desejo número 1 era ser jornalista. Por um decreto do prefeito, tive que adiar o sonho, mas não perdi as esperanças: todos os anos, enquanto cursava Pedagogia, prestava vestibular para jornalismo. Passei para a PUC mas, mesmo com o desconto, não tinha dinheiro para as mensalidades. Ainda fiz mais um vestibular, sem sucesso.
Em 2003, já no final da primeira graduação, me preparei para mais uma bateria de provas. No entanto, ao examinar o folder de carreiras, percebi que havia um novo curso na UERJ: Inglês/Literaturas. Eu, que me recusava a cursar Letras por detestar gramática portuguesa, não pensei duas vezes e me inscrevi. E passei. E chorei como criança. E dediquei a vitória à minha mãe, que havia falecido um ano antes e não pôde me ver seguindo seus passos.
E foi durante essa graduação que me apaixonei de vez pela UERJ. Byron, Romans, Victorian Age, Celts, Jane Eyre, Stuart Hall, World War I, Bauman, tá todo mundo junto e misturado no meu coração, num grande MELTING POT que me fez entender por que minha mãe amava tanto essa língua.
Foram os quatro melhores anos acadêmicos da minha vida, estendidos por mais dois com o Mestrado, orientada por uma das melhores professoras que já tive o prazer de conhecer. Nesse meio tempo, ainda descolei um estágio, onde conheci muitos amigos que seguem comigo até hoje, e vivi histórias que dariam (e vão dar) um livro. E aprendi várias coisas, muitas mesmo.
Aprendi com quem ama o que faz. Aprendi a ser exigente comigo mesma. Aprendi a enxergar e respeitar as minorias, os queer, os LGBT. Aprendi a passar cola das maneiras mais inimagináveis (ei, eu sou Humanas, rs!). Aprendi a ler, a escrever, a interpretar, a compartilhar, a ouvir, a ser amiga e a fazer churrasco. Aprendi a transar.
Aprendi a valorizar os recursos humanos, que davam vida e movimento e cor ao prédio cinzento. Mesmo que os banheiros vivessem imundos e sem papel. Mesmo que as mesas dos professores estivessem carcomidas pelas traças. Mesmo que não houvesse um ventilador para arrefecer o calor do verão. Mesmo que o bebedouro jorrasse uma água amarelada e leitosa, que ninguém se atrevia a beber. Mesmo que a fortuna gasta em xerox não pudesse ser descontada no Imposto de Renda. Mesmo que a segurança fosse tão cagada que tínhamos que descer a rampa em grupo. Mesmo que as políticas injustas e mesquinhas dos políticos nos deixasse em casa por longos períodos de tempo, compensados justamente quando deveríamos estar tomando frozen margaritas no Havaí. Mesmo assim, a UERJ resistiu, porque nós estávamos lá dentro, agarrados às paredes, impedindo a erva daninha de se infiltrar pelas rachaduras, que não são poucas.
Infelizmente, não estou mais aí, mas carrego você comigo. Resista, UERJ! A batalha é de todos nós!
Robbie Jacks


No precisabas
Venir por aquí
Acercarte de mí
Regalarme atención

No precisaba
Pero me ha dado satisfacción
Compartir sonrisas y lágrimas
Historias ocultas en un rincón

No precisabas
Hacer cambios
Ni cambiar números
Si no cumples tu palabra

Imperdonable creer
Que busco limosna
Solo una charla tranquila
Una ventana que se abra

No precisabas
Hablar de tu carrera musical
Si lo que querías era más una fan
Deberías haberme tratado como tal

Miénteme
Aunque sea
Para cambiar tu suerte
¿Qué hago con mi dolor?
Sé que debería ser más fuerte

Nada te pregunté
De tus halagos me desprendo
Fue un placer conocerte, es verdad
Aunque tengo dudas de tu intento

No precisabas
Desconfiar tanto de mí
Sé que el sueño me puso allí
Pero el sol salió por tí

Creer
Me hizo débil y molestada
Qué fue de la illusión
Se me quemas y pones agua

Hablas con immensa confianza
Te ríes de mi gana
Me haces sentir una tonta
Mientras tu verbo me engaña

¿Qué quieres tú?
No te pedí nada
¿Intentas probármelo?
Te lo juro, no precisabas

No era necesario
Entretenerme hasta cuatro
Por un like en tu página
Un share, un comentario

Es una lástima no haber visto
El poder de tu boca sobre mí
No me has visto nerviosa, esperando
Por algún gesto, o palabra, de ti

Ahora te enseño donde vengo
Tiza, lápiz y crayón
No precisabas arrancarme la fantasía
Contra tiempos affrettando tu cajón

Abro puertas que la vida me cerró
Ya no busco el sentido en el dolor
Todo lo que fui es todo lo que soy
Con lo que viene es con que me voy

No precisaba nada de eso
Para tenerme como su
Promesas, poder y fama
Solo agradan gente como tú

Sigue tu camino
Deja tus huellas en la ciudad
Solo regálame un favor:

Si encuentras a alguien como yo
Una niña tonta y soñadora
No se te ocurra dañarla
¡Cállate!
Y con ella contempla la aurora
Robbie Jacks
1- Eu AMO meu nome mas, se dependesse da minha mãe, eu me chamaria Concheta Bibbiana, em homenagem aos meus bisavós. Ela só não colocou esse nome horrendo porque imaginou que eu fosse nascer com pele bem escura e o nome não combinaria. É racismo, mãe? É! Mas obrigada, tá? Te amo!

2- Eu AMO Michael Jackson. E Janet. E Backstreet Boys. E 5ive. E NSYNC. E Spice Girls. Meu iPod é, basicamente, uma máquina de música velha. Velha, não, CLÁSSICA! Só tem hits dos anos 70, 80, 90 e 2000.

3- Todo mundo se espanta com a quantidade de anos que passei sentada nas cadeiras da faculdade. São 3 graduações: Pedagogia, Inglês/Literaturas e Jornalismo. Entre Letras e Jornalismo, ainda meti um Mestrado em Literatura Norte-Americana. Agora só falta descobrir como ganhar dinheiro com tanto estudo, mas posso adiantar: ser jornalista é a MELHOR COISA DO MUNDO!

4- Quando me perguntam o que faço da vida, tenho dúvidas se respondo o que realmente faço ou o que gostaria de estar fazendo.
O que realmente faço: sou professora e redatora especial de um site
O que gostaria de estar fazendo: sou colunista e escritora de best-sellers 😜


5- Não pareço, mas sou muito emotiva. Praticamente uma desequilibrada emocional. Bota um velhinho na minha frente, ou um comercial fofinho, ou qualquer coisa relacionada à Disney pra você ver. Eu choro tanto que parece que vou ter uma síncope. Coisa de doido.

6- Dito isto, me emocionam mais os velhinhos do que as crianças ou os bichos. Vejo de boas uma reportagem sobre maus tratos, mas se tiver velhinhos no meio, não consigo nem olhar.

7- Sou uma pessoa muito leal, do tipo que presta atenção aos detalhes dos amigos para criar presentes inusitados. Antigamente, eu pensava que todo mundo era assim, até me dar conta de que a maioria das pessoas que eu conheço são "normais": desligadas, alheias, não se importam em dar um passinho a mais para mostrar interesse. Ficou meio amarga essa parte, né? Enfim, continuo fazendo do meu jeito, não custa nada e me faz feliz.

8- Adoro chupar laranja azeda com sal, e beber refrigerante misturado com cerveja. Meu pai que me ensinou.

9- Odeio dirigir. O único carro que tive foi em 2005, e me deu tanto trabalho que me livrei dele um ano depois. Desde então, faço a Angélica e vou de táxi.

10- Sou conhecida por "amar" muitas coisas, mas sou mais conhecida por "odiar" coisas. Não vou negar, adoooro implicar!

11- Tenho medo de Uber. Na real, tenho medo de serial killers, serial rapists e malucos em geral. Fico imaginando como me comportaria se o motorista fosse um desses: teria coragem de matá-lo? Conseguiria abrir a porta do carro em movimento? E se eu cortasse a garganta dele, como eu assumiria o volante? Vê-se que eu amo filmes, séries e livros sobre os temas, né? Agatha Christie e Conan Doyle são meus reis.

12- Ainda não realizei meu sonho de ir à Disney por falta de companhia.

13- Eu cozinho muito bem. Quando me dá na telha, faço quitutes maravilhosos. Só não gosto de fazer "coisas grandes", tipo carnes inteiras, coisas que vão na panela de pressão ou que ficam hoooras no forno. Gosto de praticidade. Meu sonho é ter uma cozinha bem bonitinha para gravar tutoriais de receitas. Te cuida, Ana Maria Braga!

14- Acredito piamente em espíritos, em mundo paralelo, em mágica, no poder da mente, essa parada toda. Aconteceram coisas surreais demais na minha família para que eu duvide. Pra você ter uma ideia, em um Natal de nossa infância, meu irmão e eu vimos o trenó do Papai Noel passeando pela lua da janela do meu quarto. Alucinação coletiva ou fé em seu estado mais bruto?

15- Amo escrever, mas tenho preguiça. Por isso, me atenho a contos e crônicas. Mas estou trabalhando em meu primeiro romance. Me aguardem! 😉
Robbie Jacks

Hoje está sendo um dia para questionar tudo nesse mundo.
No ponto de ônibus, a caminho do trabalho, sou interceptada por um caloroso "olá". Eu conheço esse rapaz desde criança, mas não me lembro de termos trocado mais do que alguns acenos cordiais em todos esses anos cruzando caminhos da vizinhança. Eu não ia nem escrever sobre ele, mas o que aconteceu mais tarde me forçou a incluí-lo neste relato.
Depois de falarmos amenidades, e perguntar sobre minha vida, meu conhecido me contou que era poeta e que o fato de eu tê-lo encontrado num bar fumando e bebendo em pleno sol de meio-dia numa quarta-feira nada tinha a ver com vagabundagem: era poeta, reforçou, e vendia livros usados em banquinhas pela cidade. No momento, estava lixando umas tábuas, intercalando com goles de cerveja, tragadas no cigarro e papos com estranhos conhecidos como eu. Para finalizar a abordagem, me pediu dinheiro, qualquer moedinha e eu, sem saber pra que, por que ou como, dei. Ele é poeta, pensei, e eu apoio as artes.
Meu ônibus chegou e me despedi, levando comigo um pouco da surpresa pelo pedido inusitado, mas também me sentindo um tiquinho extasiada, afinal de contas, havia sido uma quebra inusitada na minha monótona rotina.
Até que desci em Maria da Graça. E avistei um velhinho que se segurava no muro do metrô. Sua perna direita tremia muito, e ele fazia um esforço desajeitado para controlá-la e continuar caminhando. Meu coração doeu, meu foco mudou, meu passo diminuiu e parei defronte dele, atônita. "O senhor precisa de ajuda?". Uma moça parou comigo. "O senhor está passando mal?". Ela me ajudava a questioná-lo.
O senhorzinho falava coisas desconexas, gaguejava, parecia desnorteado. A primeira coisa coesa que falou foi que queria água. Corri para pedir ao moço que vendia suco de laranja, mas ele disse que não tinha. Comprei uma garrafa num ambulante. Ele bebeu e pareceu um pouco melhor. Disse que estava voltando para Rocha Miranda, que sua esposa estava de cama, que havia sofrido um AVC e que estava ali, em Maria da Graça, porque uma pessoa havia lhe prometido R$10 para comprar o café da manhã dos dois, mas não a havia encontrado. Disse que ia para a Uruguaiana pegar o mesmo montante com outra pessoa.
Nesse momento, eu já não distinguia ficção de realidade, pensei no meu pai, meu velho paizinho, e o que pode acontecer com ele na rua, sozinho e confuso. Já não sabia se a história do velhinho fazia sentido, se ele havia sido uma boa pessoa quando moço, se havia feito alguém sofrer, se seus filhos o abandonaram por algum motivo nobre. Todas as histórias dos últimos dias se embolaram na minha cabeça, pensei no maluco que atentou contra a vida da apresentadora, no pai que matou a mulher e a filha, no babaca que roubou a carteira da mulher morta no acidente de trânsito, essas pessoas se juntaram em um só grande monstro, mas só o que eu via era um velhinho que também havia se transformado em todas as vítimas e precisava de ajuda.
Tirei dez reais da minha bolsinha, da mesma bolsinha de onde saíram as moedas que dei com relutância para o meu conhecido, e coloquei no bolso do senhorzinho. Pedi, já com a voz querendo embargar, que ele fosse para casa, pelo amor de Deus. Ele me olhou, com olhos embaçados pela catarata, e me disse "Deus abençoe". Toquei em seu ombro e quase o empurrei, devolvendo o pedido e implorando pra Deus que abençoasse ele ao invés de mim. Me certifiquei de que a menina iria levá-lo até o metrô e vim trabalhar.
Mas não estou conseguindo trabalhar. Estou aqui, pensando no velhinho, querendo saber se ele chegou em casa, ou se está tendo um tratamento digno onde quer que esteja. Pensando se ele terá o que comer e, se não tem, o que deu errado na vida dele para que não tivesse.
Cheguei ao trabalho com lágrimas nos olhos, que desabaram de vez quando encontraram um colo. Estou me sentindo pequena, ridícula, incapaz. A nossa "chef de cuisine" me consolou , dizendo para eu ficar bem porque eu fiz o que poderia ser feito, e que Deus está vendo minha boa ação. Mas eu só consigo pensar: e quem é que está olhando por esse velhinho?
Robbie Jacks

POOOOOOOTAMERDAAAAAAAAAAAAAAAA!! QUE MUNDO KOOOOO! QUE VIDA KOOOO! QUE LITERATURA KOOO!!!

Espera um minutinho só, estou tentando me refazer do baque.

"Que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre elas.”

A Lou é burra. Não soube distinguir. O Will é burro. Não soube aceitar. Eu sou burra. Não sei diferenciar uma coisa da outra, e caí nessa esparrela de história.


Eu ODEIO história que me faz chorar. Essa me fez chorar e me revoltar ainda mais com a vida. POR QUE, XESUS? Desce aqui e conserta tudo, tá tudo errado!


Mas aí vêm vocês, as supremas vozes da razão, apontar o dedo cheio de razão:

"Não foi você que disse que não queria clichê?"

"Não era você quem estava de saco cheio de historinha de amor?"

É, vocês estão certos. Eu queria cinismo, queria choque de realidade, queria ter todas as minhas esperanças frustradas, queria que essa merda desse livro fosse mais um indicativo que NÃO, as coisas não vão ficar OK. Pedido ruim a vida entrega por SEDEX. Agora, o meu 1 milhão de dólares ficou retido em Curitiba, só pode.

Enfim, se eu gostei do livro? Muito, gente. Tem clichê, tem um monte de situações que você já sabem como vão terminar, mas a Jojo escreve muito bem. Tanto que eu já comprei mais algumas obras dela para apreciação.

Só não me peçam para descobrir o que acontece com a Lou em "Depois de você". Mulherzinha idiota.
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