"I promise you kid, I'll give so much more than I can get
I just haven't met you yet"
Dessa, ninguém escapa. Longa, penosa, sofrida. Todos a rejeitamos, todos a recebemos. Não há saída.
Não adianta cruzar os braços, fazer bico, abrir o berreiro. Eu, você, seu vizinho barulhento: todos nos renderemos à ela. Dizer que não quer, que não aceita, também não adianta. Simplesmente não funciona. Mais cedo ou mais tarde, todos seremos obrigados a pegar nossos banquinhos e sentarmos lá com a Cláudia.
Quem vive, espera por definição. Não dá pra fugir. Pense na alternativa. Só há uma. E ela é muito, digamos, "final", se é que você me entende.
É desesperador no começo, desolador no meio, e entediante no final. Pois a espera só acaba quando você pára de pensar nela. Note bem: você nunca deixa de esperar- você apenas se acostuma a esperar, entra no piloto automático da vida. Esta é a pior maneira de viver, mas fazer o quê? Este é o estado conformador da espera, também não dá para escapar.
Então posso sugerir? Olhe pela janela e aprecie a paisagem, ou leia um bom livro. Quer você definhe por causa dela, quer você se distraia, ela não está nem aí. Porque a espera simplesmente não tem pena de suas vítimas. Mas pode ter certeza: um dia, ela acaba. Seja pela morte dela ou pela sua mesmo.