Se aqui fosse como as escolas norte-americanas, ao final do ano teríamos um yearbook no qual dividiríamos os colegas mais "notados" em categorias: o "feioso e burro" (futuro caminhoneiro), o "feio nerd" (o próximo Steve Jobs), a "loura bonita e burra" (mais uma pensionista de jogador de futebol) e por aí vai.
Para fazer graça na escola está bom, mas sabemos que rotular alguém de 'feio', 'bonito', 'burro', 'inteligente' não predestina o futuro de ninguém. A vida, felizmente ou não, é mais complexa do que isso, e nossa personalidade também.
Acredito que, para alcançarmos o sucesso, temos que cuidar de vários aspectos pessoais. É claro que é muito importante cuidar da aparência, pois ninguém quer lidar com um sujeito sujo, fedido e maltrapilho, não? Um tapinha no visual sempre ajuda.
E é claro que, se você tiver uma boa dose de sorte (e muitas vezes o velho QI=Quem Indique), tudo fica mais fácil! Mas o que realmente interessa é o que vem depois que você abre a boca: inteligência para fazer as escolhas certas, carisma para conquistar aliados, perseverança para superar os obstáculos e esperteza para se livrar de furadas. Afinal de contas, para abrir as portas da vida, não basta seduzir o chaveiro: tem que saber usar a chave.
Tem dias em que acordo achando tudo lindo, pensando que meu mundo é perfeito e que a felicidade entrou pela janela enquanto eu dormia.
Tem dias em que acordamos achando tudo um lixo, que nada dá certo, e a gente olha para aquela amiga, aquela modelo, aquele ______ (você preenche), e sente raiva por não ter aquilo que eles têm.
Quando as coisas boas da nossa vida magicamente 'desaparecem' e achamos a grama do vizinho mais verde e bem-cortada, estamos sentindo a marvada da inveja.
Acho essa história de "inveja do bem" pura balela. Se você inveja algo ou alguém, é porque o que você tem não te satisfaz. Acredito sim que a inveja, apesar de mesquinha, nos ajuda a ir para frente. E como ela faz isso?
Muitas vezes, essa cobiça de termos o que o outro tem nos leva ao desejo de mudar algo em nós mesmos. Assim, se espelhando no outro, almejando ter o que nos falta, nos sentimos motivados a melhorar, a 'ir para frente', a 'subir pra cima' (rs). Quem sente inveja e pára por aí, só envenena a si próprio. Não querer que o outro tenha algo para ficar igual à você é egoísmo e falta de caráter. Refletir sobre o que te causa inveja e tentar se igualar, sem prejudicar ao outro, é competição das boas. É não é transformando um sentimento ruim em algo bom que aprendemos a viver?