Ouvir AQUELA música no rádio, esperar ansiosa o lançamento DAQUELE cd, acampar na fila pra assistir AQUELE show, gritar pela casa inteira ao ganhar AQUELA promoção... é, eu já passei por isso tudo, e digo que valeu MUITO a pena.
Muita gente torce o nariz para essa adoração por artistas, e isso também é normal. Mas só quem sente aquele frio na barriga quando chega perto de um ídolo sabe como é bom gostar assim. Acredito que esses ídolos são nossos primeiros amores, daqueles que a gente projeta tudo de bom que gostaria de ser ou de encontrar num amor de verdade. Admiramos quem admiramos por um sem-número de razões que não precisam fazer sentido pra quem nos observa, só pra gente. E melhor ainda é quando encontramos pessoas que gostam tanto desses ídolos quanto a gente. Aí organizar encontros, procurar artigos freneticamente nas revistas , cantar as músicas em lugares públicos, tentar convencer os seguranças que a gente faz parte da entourage...tudo fica mais divertido!
Gostar assim faz parte de uma inocência que eventualmente vai se perder com o tempo... Felizmente, a vida traz um monte de outras coisas legais pra ocupar esse espaço, coisas “de gente grande”, fazer o quê? A vida segue mas as lembranças das cartas emocionadas, dos choros, dos risos, dos recortes de jornal, das encrencas e dos sonhos no meio de aulas de matemática, isso a gente não esquece nunca, mesmo que hoje em dia nossos ídolos estejam gordos, mortos ou simplesmente sem nariz.
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