Após ANOS sem postar nada aki, voltei a me empolgar com esse espaçozinho por 1 e apenas 1 motivo: a possibilidade de realizar um sonho...rumemos então:
Parada nº1: RÓTULOS
Na minha mais-do-que-extensa adolescência, um dia eu conto o pq dessa nomenclatura, eu era meio assim,sabe,tipo...ei,perae,quem era eu???
Acho engraçado os termos que surgem hoje em dia (emocore,alternativo,surfistinha-existe surfistona?-hippie-chique,funkadelic e eu já tô embolando os nomes,vamos parar!)
Aí voltamos pros meus dias de espinhas no rosto e paixões nauseantes escondidinhas no coração...eu tinha estilo definido?
Se estou me perguntando,a resposta provavelmente é não. Eu não fazia gênero,ou melhor,eu era uma mistura de gêneros,como a maioria das pessoas que eu conheço.Pra ilustrar
- Eu era gordinha,me achava feia uns dias e linda em outros,e mesmo assim não era nem tímida nem excessivamente extrovertida;
-Eu adorava ler, mas nem por isso enfiava a cara em qualquer livro (e nem uso óculos!)
- Eu tirava as melhores notas, mas nunca fui de prestar atenção na aula e já sentei em todos os lugares possíveis da sala...
-Eu me vestia de modo "normal"(não tem jeito melhor de descrever),jeans,camiseta e pronto,tava lindo!
E aí? Quem era eu?
Claro que isso não significa que eu não tenha sido rotulada. Já fui chamada de nerd,metida, pagodeira,funkeira,brega,chique, e o que mais vier na sua cabeça.E isso nunca me incomodou.
O que percebo aqui,do alto dos meus 24 anos,é que a juventude de hoje parece mais perdida e mais afoita por se encaixar do que eu na minha época, e mais ainda dos que vieram antes de mim. Hoje há muito mais opções do que ser e do que fazer, e essa galerinha têm se agarrado nessas escolhas com unhas e dentes, como se o grupo o qual pertencem fizessem deles o que são. Percebo também que, olhando daki de baixo (da classe média-baixa), essas modinhas pertencem mais à classe média-alta. É claro que estou me baseando no que me cerca, mas parece que as menininhas e os menininhos daki, embora gostem de RBD e outros estilos do momento, não são apegados a conceitos de vestuário,estilo musical ou preferência sexual for that matter .
Esse,aliás, é um dos aspectos que sempre me chateou quando lia revistas para adolescentes (eu ainda leio,hehehe,só não me chateio mais!): a falta de conexão entre o meu mundo e o mundo da revista. Meu mundo não se resumia ao casaco da moda, ao novo tipo de progressiva, aos cosméticos que custam o olho e só-Deus-sabe-o-que-mais, à banda do momento, à gíria mais falada.
Talvez tenha sido por isso que os rótulos nunca me incomodaram: eu nunca me encaixei neles! Aprendi o significado da palavra eclética (e o trocadilho com biciclética) muito cedo, e nunca mais esqueci. Já vi muita gente que do dia pra noite virou pagodeiro,depois rockeiro, depois hippie, depois só relaxado e mal-vestido (não necessariamente nessa ordem). Hoje em dia, esse povo anda normalmente pelas ruas (não que não andassem antes,ai,maldito cuidado pra não rotular!) , usando as roupas com as quais se sentem bem naquele dia, sem atrair olhares curiosos ou enviesados de ninguém(preciso explicar esse parênteses???), seguindo por aí com suas vidinhas e expressando suas preferências quando dá na telha, sem o compromisso de não poder mudar de idéia no dia seguinte.Pensando bem,acho que me encontrei... =)
Parada nº1: RÓTULOS
Na minha mais-do-que-extensa adolescência, um dia eu conto o pq dessa nomenclatura, eu era meio assim,sabe,tipo...ei,perae,quem era eu???
Acho engraçado os termos que surgem hoje em dia (emocore,alternativo,surfistinha-existe surfistona?-hippie-chique,funkadelic e eu já tô embolando os nomes,vamos parar!)
Aí voltamos pros meus dias de espinhas no rosto e paixões nauseantes escondidinhas no coração...eu tinha estilo definido?
Se estou me perguntando,a resposta provavelmente é não. Eu não fazia gênero,ou melhor,eu era uma mistura de gêneros,como a maioria das pessoas que eu conheço.Pra ilustrar
- Eu era gordinha,me achava feia uns dias e linda em outros,e mesmo assim não era nem tímida nem excessivamente extrovertida;
-Eu adorava ler, mas nem por isso enfiava a cara em qualquer livro (e nem uso óculos!)
- Eu tirava as melhores notas, mas nunca fui de prestar atenção na aula e já sentei em todos os lugares possíveis da sala...
-Eu me vestia de modo "normal"(não tem jeito melhor de descrever),jeans,camiseta e pronto,tava lindo!
E aí? Quem era eu?
Claro que isso não significa que eu não tenha sido rotulada. Já fui chamada de nerd,metida, pagodeira,funkeira,brega,chique, e o que mais vier na sua cabeça.E isso nunca me incomodou.
O que percebo aqui,do alto dos meus 24 anos,é que a juventude de hoje parece mais perdida e mais afoita por se encaixar do que eu na minha época, e mais ainda dos que vieram antes de mim. Hoje há muito mais opções do que ser e do que fazer, e essa galerinha têm se agarrado nessas escolhas com unhas e dentes, como se o grupo o qual pertencem fizessem deles o que são. Percebo também que, olhando daki de baixo (da classe média-baixa), essas modinhas pertencem mais à classe média-alta. É claro que estou me baseando no que me cerca, mas parece que as menininhas e os menininhos daki, embora gostem de RBD e outros estilos do momento, não são apegados a conceitos de vestuário,estilo musical ou preferência sexual for that matter .
Esse,aliás, é um dos aspectos que sempre me chateou quando lia revistas para adolescentes (eu ainda leio,hehehe,só não me chateio mais!): a falta de conexão entre o meu mundo e o mundo da revista. Meu mundo não se resumia ao casaco da moda, ao novo tipo de progressiva, aos cosméticos que custam o olho e só-Deus-sabe-o-que-mais, à banda do momento, à gíria mais falada.
Talvez tenha sido por isso que os rótulos nunca me incomodaram: eu nunca me encaixei neles! Aprendi o significado da palavra eclética (e o trocadilho com biciclética) muito cedo, e nunca mais esqueci. Já vi muita gente que do dia pra noite virou pagodeiro,depois rockeiro, depois hippie, depois só relaxado e mal-vestido (não necessariamente nessa ordem). Hoje em dia, esse povo anda normalmente pelas ruas (não que não andassem antes,ai,maldito cuidado pra não rotular!) , usando as roupas com as quais se sentem bem naquele dia, sem atrair olhares curiosos ou enviesados de ninguém(preciso explicar esse parênteses???), seguindo por aí com suas vidinhas e expressando suas preferências quando dá na telha, sem o compromisso de não poder mudar de idéia no dia seguinte.Pensando bem,acho que me encontrei... =)